A crise no Peixe Urbano após o fim da febre das compras coletivas

A crise no Peixe Urbano após o fim da febre das compras coletivas

Em 2011, no auge dos sites de compras coletivas, o Peixe Urbano faturou mais de 350 milhões de reais. Mas, depois, o mercado minguou. Agora seus sócios buscam outro modelo de negócios.

São Paulo – Em março, os funcionários da sede do site de compras coletivas Peixe Urbano, no Rio de Janeiro, tiveram sua rotina alterada.

Eles deixaram de dar expediente nos três andares que a empresa ocupava num edifício recém-construído na avenida Presidente Vargas, um dos principais endereços comerciais do centro do Rio — a empresa mudou-se para dois escritórios menores, um no centro e outro na Barra da Tijuca.

Ficaram para trás algumas comodidades do antigo endereço — como refrigerantes, iogurtes e barras de chocolate à vontade para o pessoal, além de um restaurante e uma sala de massagens onde era possível fazer pausas durante o expediente.

As mudanças não pararam por aí. Recentemente, a empresa passou a diversificar os negócios. Nos últimos meses, entrou no ar o Peixe Urbano Delivery, para consumidores que querem pedir comida pela internet — sua origem é o site O Entregador, adquirido pela empresa em 2012.

No mesmo ano, o Peixe Urbano também acrescentou a seu portfólio o Zuppa, site onde se pode fazer reservas em restaurantes. Com essas iniciativas, o Peixe Urbano tenta se tornar menos dependente das vendas de cupons de descontos, até agora sua principal fonte de receitas.

“Daqui em diante, vamos preferir ter um número menor de ofertas”, diz Emerson Andrade, de 38 anos, um dos fundadores do Peixe Urbano. “Queremos nos transformar numa plataforma de negócios urbanos para fornecedores de produtos e serviços.”

Quais são, afinal, os motivos de tanta movimentação no Peixe Urbano? “Estamos tentando melhorar a operação”, diz Andrade. “É um passo natural para uma empresa em desenvolvimento.”

Em algum momento, acreditam os sócios, deve ser possível fazer alguma coisa com a base de dados que dê para embutir em aplicativos de comércio eletrônico para celulares. “É algo em que estamos pensando”, diz Andrade. “Ainda estamos no começo de nossa história.” 

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